Isabelle Anchieta

Professora e doutora em sociologia pela USP, mestre em comunicação social e jornalista. Recebeu distinção acadêmica em sua defesa de tese pela USP.


Toca em temas como disputas por reconhecimento, humanização, individualização, “individumanismo”, sociologia da imagem e história das imagens da mulher.

Isabelle Anchieta é uma socióloga que compartilha seus conhecimentos para compreender as difíceis (e ambíguas) relações humanas. É autora da trilogia “Imagens da Mulher no Ocidente Moderno''.

Professora e doutora em sociologia pela USP, mestre em comunicação social e jornalista. Recebeu distinção acadêmica em sua defesa de tese pela USP.

Ela defende um “meio termo” diante das guerras culturais e identitárias, através de um conceito que ela chama de “individumanismo”.

Como podemos respeitar nossas diferenças e ao mesmo tempo criar lugares em comum? Como sair do impasse das diferenças, da gestão e dos conflitos e, consequentemente, construir relações sociais mais saudáveis e humanas dentro e fora das empresas?

Temas das palestras:

A indústria da humanização

A manufatura da espontaneidade, da necessidade de exposição dos bastidores, do erro, da imperfeição. Em que medida essa construção do “ser humano” ou da “humanização” na gestão das empresas, no discurso e nas atitudes é um tema importante de nossa época.

Seria a espontaneidade a nova regra social? Mas em que medida estamos “manufaturando a espontaneidade”? Criando uma “indústria da humanização”, por assim dizer. Essas e outras provocações serão abordadas pela socióloga.

A busca pela atenção

A palestra é uma reflexão sociológica do porquê disputamos a todo momento a atenção, reconhecimento e um olhar humanizante. No fundo essa é a nossa grande busca, nas mais diversas áreas e atuações.

Nessa conversa com a socióloga vamos compreender porque a atenção do outro é a grande questão humana.

O eu e o outro

A palestra discute e reflete sobre a busca do “ser humano” pelo seu encontro. Por que as relações humanas são fundamentais para entendermos a nós mesmos?

Por que precisamos nos autorretratar nas redes sociais e buscar (incansavelmente) o reconhecimento do outro? Por que o olhar alheio é (e sempre foi) tão importante na formação da nossa imagem?

Como ver e analisar imagens?

Já entrou em um museu e se sentiu perdido? Ou mesmo gostaria de entender as imagens nas redes sociais e desbravar os seus sentidos e significados?

Essa palestra vai ajudar iniciantes e iniciados com métodos de análise de imagens.

Imagem da mulher no ocidente: de santas, bruxas e prostitutas às mulheres com rosto

A imagem da mulher, da Idade Média aos dias atuais. Na palestra a socióloga remonta a construção das imagens das bruxas e das Tupinambás canibais.

A socióloga chega a conclusões pouco comuns em livros que tratam do tema. Diz que as mulheres sempre tiveram poder sobre suas imagens mesmo sem as produzir, negociando-as, usando as imagens ao seu favor e invertendo os jogos de poder.

Por isso, mais do que uma misoginia a pesquisa revela que a mulher despertou sentimentos contraditórios, ambíguos, sendo chamada pela autora de “marginal atrativa”.

Sentimentos sociais na arte

Conhecer a história Sscial através daquilo que nos é comum: os sentimentos sociais. Os afetos, as iras, a melancolia, a dor, o mistério, a ciência e a busca de si.

Passando pelos sentimentos típicos do medievo até chegar à modernidade e o contemporâneo, a professora Isabelle apresenta imagens analisando-as à luz do contexto da época.

Como as pessoas viveram e vivem ao mesmo tempo de forma diferente e comum esses sentimentos ao longo da história.

Uma revisão instigante e mesmo emocionante que une o nosso passado ao nosso presente, abarcando as eternas contradições e dilemas humanos, agora, por uma perspectiva sociológica.

A “individumanização” como alternativa para a polarização social

Mais do que municiar uma guerra sem fim e sem vencedores, o importante é compor um novo lugar de identificação fora desse sistema binário em prol de um frame ampliado, a fim de unir, igualar e pacificar sem homogeneizar.

A humanidade composta de indivíduos: o individumano. Uma noção que rompe as categorias intermediárias de sexo, cor, etnia e preferência sexual já que compreende que nenhum de nós é igual, que cada um tem uma trajetória muito singular, mas todos podemos ter a humanidade em comum.

O impacto do vies inconsciente na diversidade

Somos preconceituosos. A forma como percebemos o mundo é influenciado pelos nossos conceitos pré-concebidos, imagens ou experiências adquiridas ao longo da vida.

Isso faz termos o viés inconsciente, ou seja, criar rótulos de coisas ou pessoas que sequer sabemos algo a respeito.

Mesmo sem perceber, mesmo que não seja intencional, você pode alimentar preconceitos subconscientes daqueles que trabalham ao seu redor.