São Paulo/SP

Miguel Nicolelis

É pioneiro no estudo sobre a interação cérebro-máquina e lidera pesquisas que desenvolvem esta tecnologia além de sua aplicação no restabelecimento de movimentos em pessoas acometidas por paralisias e doença de Parkinson.


Médico e neurocientista de renome graduado pela Universidade de São Paulo com doutorado em fisiologia geral também pela USP, é pós-doutorado em fisiologia e biofísica pela Hahnemann university e professor do departamento de neurobiologia da Duke university.

Em 2003 iniciou no Brasil a implantação de projetos voltados para o uso da ciência como agente de transformação social e econômica com a criação do Instituto internacional de neurociências Edmond e Lily Safra. É pioneiro no estudo sobre a interação cérebro-máquina e lidera pesquisas que desenvolvem esta tecnologia além de sua aplicação no restabelecimento de movimentos em pessoas acometidas por paralisias e doença de Parkinson.

Fundou e dirige o projeto de responsabilidade social ''Andar de novo'', é membro das Academias de ciência da França e do Brasil e autor dos livros “Muito além do nosso eu: como a nova neurociência que une cérebros e máquinas pode mudar nossas vidas”, “Made in Macaíba: a história da criação de uma utopia científico-social no ex-império dos Tapuias”, “O cérebro relativístico: como ele funciona e por que não pode ser simulado por uma máquina de Turing” e “O verdadeiro criador de tudo: como o cérebro humano esculpiu o universo que nós conhecemos”.

Temas das palestras:

O cérebro como centro do universo humano

Como seria um mundo em que pessoas conduzissem aparelhos eletrônicos por meio do pensamento? Onde quadriplégicos pudessem andar e os sintomas motores da doença de Parkinson pudessem ser controlados? Em suas pesquisas Nicolelis mostra que o que até recentemente parecia ficção científica está prestes a se tornar realidade.

Interfaces cérebro-máquina: da pesquisa básica às aplicações clínicas

O neurocientista Miguel Nicolelis tem dedicado sua carreira a investigar como os cérebros de animais em comportamento livre codificam informações sensoriais e motoras. Como resultado foi o pioneiro a propor e demonstrar que animais e humanos podem utilizar as atividades elétricas de seus cérebros para controlar aparatos neuroprostéticos através do uso de interfaces cérebro-máquina.

Ao longo de 25 anos criou e aperfeiçoou um novo método neurofisiológico conhecido como ''Registro crônico de múltiplas áreas e de multieletrodos''. Utilizando esta abordagem em uma variedade de espécies animais e procedimentos intraoperatórios em pacientes humanos, criou um novo campo de investigação que tem como objetivo mensurar a atividade simultânea e as interações de grandes populações de neurônios em todo o cérebro que são amplamente reconhecidos por oferecerem potenciais novas terapias a pacientes acometidos por doenças neurológicas como paralisias severas, Parkinson e epilepsia.

Inúmeros laboratórios de neurociências nos Estados Unidos e na Europa, Ásia e Américas têm incorporado os paradigmas experimentais para estudar uma variedade de sistemas neurais de mamíferos. Sua pesquisa tem influenciado pesquisas básicas e aplicadas na ciência de computação, robótica e engenharia biomédica. Nesta palestra falará sobre suas descobertas e as fascinantes perspectivas do uso das interfaces cérebro-máquina na restauração de movimentos e na neuroreabilitação de pessoas com distúrbios neurológicos.